6 motivos para recusa de financiamento imobiliário
Entenda por que a instituição financeira pode negar empréstimos a clientes que não tenham dívidas e saiba como se livrar dessa restrição
Ter um financiamento imobiliário recusado pelo banco pode deixar o cliente em dúvida sobre o motivo da recusa, principalmente quando a instituição financeira não dá muitas explicações e não existe nenhum motivo aparente para isso, como uma dívida.
Os critérios utilizados pelo banco para definir a concessão ou não de um empréstimo são
considerados estratégicos e sigilosos porque têm um grande peso no desempenho da instituição financeira.
Mas a falta de informação muitas vezes impede que o cliente solucione o problema e melhore sua avaliação no cadastro interno do banco, que pode restringir a concessão de crédito.
Para analisar se deve ou não conceder o empréstimo, a instituição financeira costuma utilizar um sistema de pontuação, chamado de score, que diferencia clientes com maior e menor risco de não honrar o pagamento da dívida.
O score é baseado em informações estatísticas e dados pessoais do consumidor. Cada banco utiliza sistemas complexos e cálculos próprios, aprimorados constantemente, para decidir se vai emprestar ou não dinheiro ao cliente.
Ainda que seja difícil saber exatamente o que leva o banco a recusar o empréstimo, é possível indicar alguns fatores que são determinantes para que o cliente entre na chamada “lista negra” da instituição financeira. Confira a seguir.
1) Dívidas e contas atrasadas: O hábito de não pagar empréstimos em dia ou ficar inadimplente são motivos suficientes para o banco restringir o acesso do cliente ao crédito, mesmo que ele já tenha solucionado essas pendências financeiras.
2) Empréstimos altos: Ter um volume grande de dívidas, cujo valor ultrapasse 30% da renda mensal, é outro fator importante para o banco decidir se vai liberar ou não um financiamento, afirmam especialistas em Direito do devedor. Empréstimos longos aumentam as chances de o banco não liberar o crédito. “O risco de descontrole é maior, pois, diante de um problema financeiro, o cliente ainda pode ter um valor alto de débitos a pagar pela frente”, explica o advogado.
3) Negociação de dívidas: Quando o cliente entra em um acordo com a instituição financeira para conseguir pagar uma dívida que virou uma bola de neve, o banco pode conceder um grande desconto para sanar o débito. Mas esse “perdão” pode ter consequências negativas.
4) Pouca disciplina financeira: O banco pode diferenciar o cliente que tem R$ 100 mil em investimentos e ganha R$ 5 mil por mês de um cliente que tem R$ 20 mil aplicados e uma renda mensal de R$ 10 mil: ainda que o segundo correntista receba um salário maior, o primeiro parece ter mais disciplina para poupar.
A relação entre patrimônio e salário influencia na concessão de empréstimos porque indica se o cliente é disciplinado financeiramente e, consequentemente, se terá maior capacidade de honrar compromissos.
5) Perfil pessoal: Além do nível de renda, a profissão, o tipo de vínculo empregatício do trabalhador e seu estado civil também têm influência na hora de conseguir um financiamento.
6) Crises econômicas: Bancos como a Caixa Econômica também podem decidir conceder menos empréstimos diante de um cenário pessimista da economia.
Fonte: exame.abril.com.br
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